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Dilma discute pactos nacionais com ministros

"As manifestações mostram que é possível querer mais e querer melhor"
Por: Antonio Cardoso
 A presidente Dilma Rousseff esteve reunida na tarde desta segunda-feira, 1º de julho, na Granja do Torto, com a equipe ministerial para tratar de respostas aos protestos realizados em todo o País. Além dos 39 ministros, os líderes do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), no Senado, José Pimentel (PT-CE), e no Congresso, Eduardo Braga (PMDB-AM) também participaram da reunião.
Cerca de duas horas após o início, por volta das 19h, Dilma saiu para conversar com repórteres e afirmou que o objetivo do encontro ministerial é fazer "uma discussão aprofundada" sobre os cinco pactos nacionais que anunciou na semana passada durante reunião com governadores e prefeitos.
A presidente afirmou que o Brasil experimentou nos últimos dez anos "uma melhora significativa da vida da população", mas, com as manifestações, ficou clara, segundo ela, a importância da questão urbana no país. "As manifestações mostram que é possível querer mais e querer melhor", declarou.
Sobre transporte coletivo, cujo aumento no valor foi estopim para que o povo fosse às ruas, Dilma afirmou que, antes das manifestações, houve dois momentos na tentativa de se diminuir o preços das tarifas - um foi a desoneração da folha de pagamentos das empresas de ônibus e outro, a desoneração integral do PIS-Cofins. "Com isso, havia uma redução média de 22 centavos no Brasil inteiro", afirmou.
Já no tocante a reforma política, a presidente afirmou que é importante "a busca não só de um governo voltado para o povo, mas um governo que quer que o povo participe". "Daí porque a proposta de consulta popular ter um sentido de transferir para a população o direito de ser consultada", disse.
Ainda sobre o assunto, Dilma disse que "gostaria" que a reforma política valesse para o ano que vem. "Nós não temos como definir isso, depende do prazo que der o Tribunal Superior Eleitoral. Em função desse prazo que eu não sei qual será, depende do Senado e da Câmara. Eu não tenho governabilidade sobre essa questão. Em função das mobilizações que tivemos, eu gostaria muito que tivesse efeito no ano que vem."

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