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Apagão foi causado por queimada no Piauí, diz ministro

Lobão negou fragilidade no sistema e convocou reunião de emergência.
'Queimada provoca esse tipo de desligamento, lamentavelmente', disse.

Lilian Quaino Do G1, no Rio
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arte apagão  (Foto: Editoria de Arte/G1)
O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, disse que a causa do apagão no Nordeste ocorrido nesta quarta-feira (28)  foi uma queimada na fazenda Santa Clara na cidade de Canto do Buriti, no Piauí. Segundo o ministério, o blecaute provocou o desligamento de duas linhas de transmissão paralelas e totalizou um corte de carga de 10.900 megawatts.
O ministro informou que as causas da queimada - se foi natural ou provocada por ação humana - ainda estão sendo investigadas. Segundo o ministro, a preocupação inicial foi restabelecer o sistema.
O ministro disse ainda que o apagão atingiu "todo o Nordeste", mas que o sistema já foi recuperado. No entanto, Lobão disse que há a possibilidade de algumas cidades no interior dos estados ainda estarem com falta de energia.
"As capitais foram reabastecidas em no máximo duas horas, duas horas e pouco. O interior está sendo restabelecido paulatinamente", afirmou o ministro, que se encontrava no Rio de Janeiro, na sede do ONS.
'Lamentavelmente acontece'
Lobão negou fragilidade no sistema. "O sistema é bom, é forte, é igual aos melhores do mundo. Queimada provoca esse tipo de desligamento, lamentavelmente acontece. Já aconteceu outras vezes no Brasil e no exterior", disse o ministro.
O ministro convocou para esta quinta-feira, em Brasília, uma reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), integrado pelas autoridades do setor.
1º desligamento ocorreu às 14h58
Segundo o ministério, em razão da queimada, foram desligadas duas linhas de transmissão paralelas.

"Queimadas provocaram.. o desligamento da linha de transmissão de 500 KV Ribeiro Gonçalves-São João do Piauí, circuito 2, da empresa Ienne, controlada pela espanhola Isolux. Na sequência, também devido a queimada, foi desligada a segunda linha Ribeiro Gonçalves-São João do Piauí, circuito 1, da Taesa, empresa controlada pela Cemig, configurando, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), uma contingência dupla, causando a separação da região Nordeste do restante do Sistema Interligado Nacional (SIN)", informou o ministério, em nota.

O Operador Nacional do Sistema divulgou uma nota explicando que houve desligamentos em duas linhas devido "a foco de calor (queimada na região)". O primeiro deles ocorreu às 14h58. Em comunicado, a ONS informou que as cargas de energia do Nordeste foram praticamente recuperadas às 17h30. Veja a íntegra abaixo.
A área de fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) disse que, após a apuração das causas pelo ONS, fará a fiscalização do problema e, se houver culpados, aplicará multa.
O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chip, afirmou que nesta época do ano, em razão da seca e do calor, é comum casos de "fogo espontâneo" em mata, mas que a análise da ocorrência irá verificar na fazenda se foram feitos os serviços necessários como poda no pasto.
Chipp explicou que a queimada provoca curto circuito na linha de transmissão, o que causa o desligamento da linha.  "O foco de calor com a queimada atingiu dois circuitos e o Nordeste ficou separado do sistema. Tem mato embaixo da linha e, com o calor dessa época, acontece a queimada e o curto circuito. Duas linhas desligaram num primeiro momento, uma da Isolux, e outra da Cemig, e outras linhas de interligação com o sistema desligaram depois", disse.
No ano passado
Em 2012, a região Nordeste enfrentou apagões em setembro e outubro. Em 22 de setembro, segundo o ONS, um problema nas interligações Sudeste/Norte e Sudeste/Nordeste, atingiu o fornecimento de energia elétrica em parte da região Nordeste do país.
Em outubro, outra ocorrência afetou os nove estados do Nordeste do país no final da noite do dia 25 e início da madrugada do dia 26.
Íntegra da nota da ONS sobre apagão
Ocorrência no Sistema Interligado Nacional em 28/08/2013
Às 14h58, ocorreu o desligamento da Linha de Transmissão de 500 kV Ribeiro Gonçalves - São João do Piauí (circuito 2), da IENNE, empresa controlada pela espanhola ISOLUX, devido a foco de calor (queimada na região). Às 15h04, esse circuito foi religado manualmente, tendo havido um novo desligamento pela mesma razão às 15h06.

Às 15h08, também devido à queimada, foi desligada a segunda linha Ribeiro Gonçalves – São João do Piauí (circuito 1), da TAESA, empresa controlada pela CEMIG, configurando uma contingência dupla, que conduziu à perda de sincronismo e consequente separação da região Nordeste do restante do Sistema Interligado Nacional (SIN), havendo perda de carga de aproximadamente 10.900 MW, com o desligamento adicional das seguintes linhas de 500 kV de interligação do SIN com a região Nordeste:
• Presidente Dutra / Teresina Circuitos 1 e 2;
• Presidente Dutra / Boa Esperança; e
• Bom Jesus da Lapa / Rio das Éguas.

Após identificada a origem da ocorrência, deu-se início à recomposição das cargas da região Nordeste, tendo a das capitais sido, praticamente, concluída às 17h30.

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Dilma sobe para 35% das intenções de voto em 2014, diz Datafolha

Pesquisa ouviu 2.615 eleitores; margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Conforme levantamento, apenas Lula teria condições de vencer no 1º turno.

Do G1, em Brasília
  •  
Infográfico Datafolha Presidencial Agosto (Foto: Editoria de Arte do G1)
Após perder 21 pontos percentuais na corrida pelo Palácio do Planalto em meio aos protestos que tomaram as ruas do país em junho, a presidente Dilma Rousseff se recuperou e passou de 30% para 35% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha publicada na edição deste domingo do jornal “Folha de S.Paulo”. O estudo, realizado entre os dias 7 e 9 de agosto, ouviu 2.615 entrevistados e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
No último levantamento do instituto, divulgado no final de junho, a chefe do Executivo havia caído de 51% para 30% das intenções de voto para a eleição de 2014. À época, o país estava conturbado por conta das manifestações públicas que reuniram milhares de pessoas para protestar, entre outros pontos, contra a qualidade dos serviços públicos.
Na pesquisa divulgada neste domingo, o cenário testado em que Dilma ganhou cinco pontos percentuais contou com a ex-senadora Marina Silva (AC), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
De acordo com o Datafolha, Marina enfrentaria Dilma no segundo turno. A ex-ministra do Meio Ambiente, que ainda corre atrás do registro partidário para o recém-criado Rede Sustentabilidade, oscilou de 23% para 26%. Já o senador mineiro registrou uma queda: Aécio oscilou de 17% para 13%.
Integrante da base governista, Campos passou de 7% para 8%, se mantendo dentro da margem de erro. Segundo o instituto de pesquisas, votos brancos, nulos, nenhum ou indecisos somaram 18%.
O Datafolha também simulou, no mesmo cenário, a inclusão do ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB-SP). O tucano, apontou o instituto, alcançaria 15% dos votos. Neste contexto, Dilma cairia para 32%. Marina se manteria na segunda colocação, porém, recuaria de 26% para 23%. Aécio cairia para 10% e Campos para 6%.
O único cenário em que o PT venceria no primeiro turno foi registrado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato do partido. Nesta simulação, o petista alcançaria 51% das intenções de voto. Enquanto isso, Marina (20%), Aécio (11%) e Campos (5%) juntos somariam apenas 36%.
Efeito Barbosa
Mesmo com o ministro Joaquim Barbosa enfatizando que não pretende disputar eleições, o Datafolha voltou a testar um cenário com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) na disputa pela Presidência. Nesta simulação, o magistrado obteria 11% dos votos. Em junho, na última pesquisa do instituto, ele havia registrado 15%.
Por outro lado, Dilma subiu neste cenário. A petista passou de 29% para 33%, em comparação com o último levantamento. Marina também subiu na versão em que Joaquim Barbosa foi incluído: de 18% para 22%. Aécio caiu de 15% para 12% e Campos oscilou de 5% para 6%.
Aprovação
Na edição deste sábado (10), o jornal "Folha de S.Paulo" divulgou pesquisa Datafolha que apontou que a aprovação ao governo da presidente Dilma Rousseff registrou recuperação ao subir seis pontos percentuais e atingir 36%.
O número de eleitores que consideram o governo bom ou ótimo passou de 30% no levantamento anterior, feito no fim de junho, para 36% no atual, realizado entre os dias 7 e 9 de agosto. Em março, o índice de aprovação do governo atingiu o melhor desempenho, 65%.
No começo de junho, antes dos protestos que pediram melhores condições de vida e o fim da corrupção, a presidente tinha 57%. Em levantamento feito no fim do mesmo mês perdeu quase trinta pontos percentuais e chegou a 30%, a maior queda de popularidade registrada pelo Datafolha desde o início da gestão Dilma.
O levantamento realizado nesta semana mostra ainda que o percentual que considera o governo como regular passou de 43% para 42%, dentro da margem de erro. Foi de 25% para 22% o total de pessoas que considerou a gestão como ruim ou péssima.
A nota média data à presidente foi de 6,1. No levantamento anterior havia sido 5,8. Em abril do ano passado, chegou a 7,5.

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Dilma sanciona sem vetos lei que define organização criminosa

Pena para integrante varia de três a oito anos de prisão, mais multa.
Conceito pode ser aplicado às organizações terroristas internacionais.

Priscilla Mendes Do G1, em Brasília
25 comentários
A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta sexta-feira (2), sem vetos, o projeto que inclui na legislação brasileira o conceito de organização criminosa e define meios de obtenção das provas e procedimentos para a investigação desse crime, informou assessoria do Ministério da Justiça.

Terminava nesta sexta o prazo de sanção da presidente Dilma Rousseff, de acordo com a Casa Civil. O projeto havia sido aprovado no mês passado pelo Senado. A lei será publicada na edição desta segunda-feira (5) do “Diário Oficial da União”, segundo o Ministério da Justiça.

Com a nova lei, fica definido como organização criminosa a associação de quatro ou mais pessoas com estrutura organizacional hierárquica e com definida divisão de tarefas entre seus integrantes, “ainda que informalmente”, de acordo com o texto.
A pena prevista para quem promover, integrar ou financiar organização criminosa varia de três a oito anos de detenção, mais o pagamento de multa – além das penas correspondentes aos demais crimes praticados.

O texto determina que para caracterizar o crime os acusados têm de ter o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza por meio de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a quatro anos de detenção ou que sejam de caráter transnacional.

Entre outros pontos, a proposta determina que o conceito de organização criminosa pode ser aplicado às organizações terroristas internacionais.

Obtenção de provas
O projeto sancionado pela presidente lista uma série de instrumentos que podem ser utilizados pelas autoridades policiais para comprovar a existência da organização criminosa, como uso da delação premiada, de escutas, do acesso a registros de ligações telefônicas e de e-mail, de grampos, da quebra de sigilo, da infiltração de policiais na organização e de atividades de investigação.

Segundo o texto, a infiltração de agentes policiais nas organizações poderá ser autorizada por um juiz somente se a prova não puder ser produzida por outros meios disponíveis.

Pena para integrante varia de três a oito anos de prisão, mais multa.
Conceito pode ser aplicado às organizações terroristas internacionais.

Priscilla Mendes Do G1, em Brasília
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A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta sexta-feira (2), sem vetos, o projeto que inclui na legislação brasileira o conceito de organização criminosa e define meios de obtenção das provas e procedimentos para a investigação desse crime, informou assessoria do Ministério da Justiça.

Terminava nesta sexta o prazo de sanção da presidente Dilma Rousseff, de acordo com a Casa Civil. O projeto havia sido aprovado no mês passado pelo Senado. A lei será publicada na edição desta segunda-feira (5) do “Diário Oficial da União”, segundo o Ministério da Justiça.

Com a nova lei, fica definido como organização criminosa a associação de quatro ou mais pessoas com estrutura organizacional hierárquica e com definida divisão de tarefas entre seus integrantes, “ainda que informalmente”, de acordo com o texto.
A pena prevista para quem promover, integrar ou financiar organização criminosa varia de três a oito anos de detenção, mais o pagamento de multa – além das penas correspondentes aos demais crimes praticados.

O texto determina que para caracterizar o crime os acusados têm de ter o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza por meio de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a quatro anos de detenção ou que sejam de caráter transnacional.

Entre outros pontos, a proposta determina que o conceito de organização criminosa pode ser aplicado às organizações terroristas internacionais.

Obtenção de provas
O projeto sancionado pela presidente lista uma série de instrumentos que podem ser utilizados pelas autoridades policiais para comprovar a existência da organização criminosa, como uso da delação premiada, de escutas, do acesso a registros de ligações telefônicas e de e-mail, de grampos, da quebra de sigilo, da infiltração de policiais na organização e de atividades de investigação.

Segundo o texto, a infiltração de agentes policiais nas organizações poderá ser autorizada por um juiz somente se a prova não puder ser produzida por outros meios disponíveis.

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Governo suspende novas regras para troca de sexo pelo SUS

Imagem: DivulgaçãoDepois de publicar no “Diário Oficial” uma portaria modificando as regras para as cirurgias de mudança de sexo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o governo decidiu suspender as mudanças. Segundo o Ministério da Saúde, as regras estão suspensas “até que sejam definidos os protocolos clínicos e de atendimento no âmbito do processo transexualizador”.
Em nota, o ministério promete uma reunião com especialistas para determinar melhor os critérios de avaliação de quem pode ou não realizar a cirurgia. “Para tal fim, o Ministério da Saúde convidará representantes dos serviços de saúde que já realizam este processo e especialistas na matéria para definir os critérios de avaliação do indivíduo, de obtenção da autorização dos pais e responsáveis, no caso de faixa etária específica, e de acompanhamento multidisciplinar ao paciente e aos seus familiares”, diz a nota.
Regras antes da suspensão
De acordo com a portaria 859, publicada no “Diário Oficial”, o tratamento com hormônios será iniciado aos 18 anos, mas uma autorização dos responsáveis legais do transexual pode reduzir o início da terapia para os 16 anos.
A cirurgia de troca de sexo poderá ser feita aos 18 anos, desde que o paciente já tenha se submetido a tratamento dois anos anos. Caso contrário, a regra estipula a idade de 20 anos para a realização do procedimento.
Chamado de “processo transexualizador” a portaria substitui uma anterior, de 2008, regulamentando tratamento integral com , incluindo acompanhamento clínico, atendimento pré e pós operatório e hormonioterapia, além da cirurgia de troca de sexo. Outros procedimentos que garantem aspectos masculinos ou femininos aos pacientes também estão incluídos, como a Tireoplastia (redução do Pomo de Adão nos homens), a mastectomia simples bilateral (retirada dos seios) e histerectomia (retirada do útero e ovários).

Fonte: SRZD

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Cadastro positivo começa a valer nesta quinta-feira

Com nome incluído, bom pagador terá chances de negociar juro mais baixo.
Inclusão pode ser feita em banco ou serviço de proteção ao crédito.

Anay Cury Do G1, em São Paulo
39 comentários
 O cadastro positivo de bons pagadores começa a valer nesta quinta-feira (1º). A partir de agora, quem paga as contas em dia poderá pedir sua inclusão em um banco de dados que ficará disponível para consulta do mercado. Com o nome incluído, o consumidor terá mais chances de negociar menores taxas e prazos mais longos quando for pedir empréstimo em uma instituição financeira ou fazer o financiamento de um bem, segundo especialistas consultados pelo G1.
Como a inclusão dos nomes no cadastro positivo é opcional, aqueles que quiserem ingressar devem fazer um pedido formal à instituição financeira com a qual tem ligação ou nos serviços de proteção ao crédito. Será possível solicitar a retirada do nome do cadastro a qualquer momento.
COMO SERÁ
1) Os bancos de dados terão registradas as informações sobre o histórico de pagamentos do consumidor
2) Se ele deixar de pagar uma conta por um mês, por exemplo, não sairá, mas terá essa informação registrada. O consumidor poderá solicitar impugnação de qualquer informação "erroneamente anotada" sobre ele
3) O consumidor terá de dar autorização por meio de um documento específico ou de uma cláusula à parte em um contrato de financiamento ou compra a prazo, por exemplo
4) As informações incluídas no cadastro devem ser objetivas, claras, verdadeiras e de fácil compreensão 
5) O compartilhamento de informações entre os bancos de dados só será permitido se for autorizado pelo cadastrado
6) Os gestores dos bancos de dados serão obrigados a fornecer ao cadastrado todas as informações que houver no cadastro
7) O cadastrado terá direito de saber quais os bancos de dados que compartilharam seus arquivos e quem consultou
8) O prazo de permanência das informações nos bancos de dados é de 15 anos
9) O texto proíbe a anotação de informação considerada excessiva, que não tenha relação com a análise de risco de crédito
10) O banco de dados, a fonte e o consulente são responsáveis objetiva e solidariamente pelos danos materiais e morais que causarem ao cadastrado
“Os consumidores que pagam bem terão uma reputação de crédito positiva. A expectativa é que as empresas, reconhecendo isso, atraiam esses consumidores, ofertando melhores condições – o que antes não tinham chance de fazer”, disse o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro. Segundo pesquisa da Serasa, o cadastro positivo poderá incluir perto de 26 milhões de pessoas que hoje não acessam o crédito do mercado crédito porque nao têm como comprovar renda ou porque só compram à vista.
O cadastro funcionará da seguinte forma: quando uma pessoa quiser buscar crédito em uma instituição financeira, poderá autorizá-la a acessar seus dados nesse cadastro positivo. Considerado "bom pagador", o consumidor prova que tem as contas em dia e, deste modo, barganha melhores condições.

As empresas terão chance de emprestar com mais segurança, na avaliação do presidente da Serasa. “As empresas vão perder menos, evitando que o próprio consumidor dê um  passo maior do que a perna. As relações de consumo serão mais saudáveis e mais sustentáveis. O que se quer é mais transparência nessas relações [liberação de crédito], com bases objetivas, não subjetivas.”
Para Leonardo Soares, diretor-executivo de produtos da Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), os efeitos práticos não serão imediatos, mas poderão ser perceptíveis por volta de três anos.
Loureiro explica que os serviços de proteção ao crédito fazem uma varredura de todos os locais onde o consumidor tem compras financiadas, crédito contratado e repassa essas informações ao cadastro.

"Na verdade, não se trata propriamente de um cadastro, mas mais um relatório do comportamento do consumidor no mercado. Se ele deixou de pagar duas prestações de um empréstimo durante um ano, por exemplo, mas quitou depois, não deixará de ser visto como bom pagador”, disse Loureiro.

Na avaliação do SPC Brasil, outra consequência direta do cadastro positivo e da avaliação personalizada do modelo de concessão de crédito será a redução significativa dos índices de inadimplência e de superendividamento.
“Não há desvantagens previstas para o consumidor. É possível que o cadastro positivo gere maiores custos financeiros, juros maiores aos maus pagadores. Mas a expectativa não é essa, é que haja reduções aos bons pagadores e não aumento aos maus”, disse Fernando Segato, da Crowe Horwath, Macro Auditoria e Consultoria.
“As experiências internacionais que podemos nos referir, de países como Chile, México, Estados Unidos, foram muito positivas, levando ao incentivo de acesso ao crédito, melhoria no controle financeiro pessoal, etc. Dessa forma não há porque crer que no Brasil a experiência não seja similar e traga bons benefícios para o mercado de crédito e aos consumidores”, afirmou Segato.
O cadastro positivo foi aprovado pelo Senado Federal em dezembro de 2010, e sancionado com vetos pela presidente da República, Dilma Rousseff, em junho do ano passado.

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Após invasão da Câmara do Rio, PM e manifestantes entram em confronto

Policiais militares usaram spray de pimenta e foram atingidos por pedradas.
Pelo menos um manifestante foi detido; um PM ficou ferido na boca.

Gabriel Barreira e Isabela Marinho Do G1 Rio
546 comentários
Policiais e manifestantes se enfrentam durante protesto na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro (Foto: Marcos de Paula/Estadão Conteúdo)Policiais e manifestantes se enfrentam durante protesto na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro (Foto: Marcos de Paula/Estadão Conteúdo)
Uma manifestação que começou pacífica e teve mais de 700 pessoas para pressionar o Ministério Público do Rio a investigar gastos públicos do governador Sérgio Cabral teve seu momento mais tenso num confronto na Câmara Municipal, no Centro, que foi invadida por volta das 21h desta quarta-feira (31). O local é simbólico, já que após o recesso parlamentar, vereadores vão abrir a CPI do Ônibus — cujo aumento da tarifa foi o estopim dos protestos começados em junho.
O ato começou pacífico por volta das 16h, mas uma segunda invasão da Casa às 22h30 provocou violência. Quando o primeiro grupo que havia ocupado a Câmara anunciou a saída pela porta lateral, conduzido pela PM de forma pacífica, os manifestantes que estavam na entrada principal se revoltaram e arrombaram a porta. Para esvaziar a Casa, policiais usaram spray de pimenta e golpes de cassetete. Bombas caseiras e pedras portuguesas foram atiradas como revide.
Terminado o ato, por volta de meia-noite de quinta-feira (1º), cerca de 70 pessoas partiram para o Leblon rumo a casa do governador Sérgio Cabral, onde um outro grupo realiza o "Ocupa Cabral".
Funcionário da Câmara do Rio tenta conter manifestantes que invadiram local na noite desta quarta-feira (30). (Foto: Felipe Dana/AP)Funcionário da Câmara do Rio tenta conter
manifestantes que invadiram local na noite
desta quarta-feira (30). (Foto: Felipe Dana/AP)
Na Cinelândia, durante o confronto, algumas pessoas ficaram feridas e pelo menos três delas foram atendidas por médicos voluntários. Um policial militar recebeu uma pedrada na boca e um jovem foi detido. Dentro do carro da PM, ele informou que seria levado para a 5ª DP (Mem de Sá). Até 23h30, a Polícia Civil não havia confirmado a entrada dele.
Intitulado “MP, de que lado você está?”, o ato tinha como principal missão pressionar o Ministério Público a questionar as viagens de helicóptero do governador e analisar as contas públicas, o que poderia levar Cabral ao impeachment — desejo repetido nas bandeiras "Fora, Cabral". Além disso, o protesto pedia aprofundamento na investigação da conduta policial em relação à série de manifestações.
Protestos violentos e a "nova PM"
No último dos atos violentos, no dia (22) da chegada do Papa Francisco ao Brasil, o jovem Bruno Teles foi preso acusado de ter atirado um explosivo contra policiais. Imagens da internet, no entanto, mostraram o jovem desarmado no momento da agressão e seu caso foi arquivado. Na ocasião, oito jovens foram detidos. Após este ato, um grupo de PMs, que usam uniformes com identificações de letras e números (os “alfa-numéricos”, como já são chamados), sem nomes, foi montado especialmente para acompanhar as manifestações, caminhando juntos com o grupo e tentando dialogar.
Policial, ao centro, reage após ser atingido dentro da Câmara por um objeto lançado por manifestantes. (Foto: Felipe Dana/AP)Policial, ao centro, reage após ser atingido dentro da Câmara por um objeto lançado por manifestantes. (Foto: Felipe Dana/AP)
 

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