Governador do Ceará recebeu ligação da presidente Dilma para ouví-lo sobre a onda de protestos
Por: Redação Web
O Governador Cid Gomes (PSB), de acordo com o portal de notícias UOL, conversou na noite desta quinta-feira com a presidente Dilma Rousseff para uma avaliação sobre os protestos que invadem nos últimos 10 dias as ruas de cidades brasileiras. Dilma, segundo Cid, se confessou perplexo com as manifestações. Durante a conversa por telefone, Cid disse ter sugerido a presidente uma reunião com prefeitos e governadores para uma avaliação mais aprofundada sobre medidas que devem ser adotadas diante dos protestos. As manifestações cobram a redução da tarifa do transporte público, menos corrupção, mais ética na política, critica os gastos com a construção e reforma dos estádios de futebol para a Copa do Mundo e, ao mesmo tempo, reivindica mais dinheiro para a saúde e educação; Segundo o Governador Cid Gomes, a onda de protestos é contra os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. "É um movimento de contestação aos poderes constituídos. Quem está com essa responsabilidade tem que se solidarizar e, junto às pessoas, pensar em um planejamento para o Brasil", afirmou Cid. De acordo com reportagem publicada no portal UOL, Cid Gomes revelou, ainda, que manifestantes propensos ao vandalismo são uma "parte muito pequena" do grupo e que o movimento não pode "descambar para a destruição do patrimônio público, porque é um patrimônio nosso construído com nosso suor". O governador cearense ressaltou que é a favor dos protestos, apesar de admitir não saber em que eles resultarão. "A gente deve canalizar essa energia da parte positiva das manifestações para termos um grande projeto de longo prazo, colocando metas e responsabilidades. É isso que a juventude quer", disse. Ele defendeu o estabelecimento de uma matriz de responsabilidade para ações nas diversas áreas de governo. Para Cid, a construção dos estádios da Copa do Mundo mostrou à população que, quando há uma mobilização, as coisas acontecem --por isso, elas passaram a fazer reivindicações. "O povo aprendeu", disse. "Se os governos tiveram capacidade de fazer os estádios, por que a gente não melhora a educação, a saúde e a segurança pública?", questionou o governador. Com informações do UOL.