Agricultores de base familiar comemoram chuvas.
Encosta da chapada do Araripe tem tradição no cultivo de feijão

O feijão verde se torna o ingrediente preferido da culinária rural nesta época do ano na cidade. “Estou fazendo aqui o capitão de feijão. Tira o feijão da panela escorrendo o caldo, coloca farinha, pimenta e faz o capitão'', diz Salvina, ensinando uma das receitas feitas com feijão
Raimundo Ferreira de Macedo e Maria das Mercês já passam dos 80 anos e, mesmo assim, tiveram disposição para semear duas vezes neste ano por conta da estiagem. A família agora colhe a leguminosa. ''Quando a chuva caiu, no outro dia, fomos plantar feijão. Desde o começo de fevereiro que a gente não compra mais'', diz Maria.
Com a colheita, houve uma variação de preços do produto no mercado. No começo do mês, o produtor rural Alberto Ferreira diz que chegou a vender uma saca de feijão em vagem por até R$ 90 e, agora, só consegue comercializar a mesma quantidade por R$ 60. Na feira livre da cidade do Crato, a oferta já reduziu à metade o preço do pacote de 250 gramas, de R$ 4 para R$ 2.