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Após dizer que não há tempo, Temer diz que o ideal é que resultados do plebiscito valham para 2014

  • Luana Lourenço
    Repórter da Agência Brasil
Brasília - O vice-presidente Michel Temer disse hoje (4) que o anúncio feito por ele mais cedo de que o plebiscito sobre a reforma política não valeria para as eleições de 2014 reflete a opinião de líderes da base aliada, e não um recuo do governo, que defende a aplicação das eventuais mudanças no sistema político já no próximo pleito.
Por volta do meio-dia, após reunião com líderes da base aliada na Câmara, no Palácio do Jaburu (residência oficial da Vice-Presidência, Temer foi claro ao dizer que 'não há mais condições' de realizar o plebiscito até outubro deste ano, prazo necessário para que as mudanças passem a valer para as eleições de 2014.
No entanto, por meio de nota divulgada por volta de 17h, o vice-presidente esclareceu que a declaração não foi feita em nome do governo. 'A minha declaração sobre a realização do plebiscito da reforma política relatou a opinião de alguns líderes da base governista na Câmara, em função dos prazos indicados pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral] para a consulta popular. Embora reconheça as dificuldades impostas pelo calendário, reafirmo que o governo mantém a posição de que o ideal é a realização do plebiscito em data que altere o sistema político-eleitoral já nas eleições de 2014', diz o texto.
Na nota, Temer reafirma o compromisso do governo 'com uma reforma política que amplie a representatividade das instituições através da consulta popular'.
Para que as regras fossem aplicadas em 2014, o plebiscito sobre a reforma política e o projeto modificando as normas eleitorais tinham de ser aprovadas até o dia 5 de outubro. A três meses para o fim do prazo, os parlamentares consideraram improvável fazer a consulta e aplicar as mudanças.
Na próxima semana, o governo vai reunir os líderes da base no Senado para discutir a elaboração do decreto legislativo destinado a convocar a consulta popular. Os parlamentares calculam que precisarão de, pelo menos, 15 dias para concluir o projeto de decreto legislativo - instrumento usado para convocação do plebiscito.
Entenda as principais reivindicações dos manifestantes que saíram às ruas:
Milhares se manifestam na Avenida Paulista (© Agência Brasil)
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Agência Brasil
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TRANSPORTE PÚBLICO: A onda de protestos que se espalhou pelo País foi iniciada com o Movimento Passe Livre (MPL), em São Paulo. O grupo, que defende a tarifa zero no transporte público, exigia o retorno da passagem de ônibus para R$ 3,00, e não R$ 3,20 como passou a vigorar no começo de junho, com o reajuste anual promovido na capital e outras cidades do entorno. Os protestos com essa bandeira se espalharam e, após dias de multidões nas ruas, o governador e o prefeito de São Paulo anunciaram o recuo da tarifa nos ônibus, trens e metrô, que voltaram a custar R$ 3,00. Outras cidades também anunciaram a queda do valor. O MPL, que deixou de convocar protestos por considerar que a pauta abordada nas manifestações fugia de suas propostas, agora voltou à bandeira da tarifa zero. O texto defendido pelo grupo garante que o transporte seja um direito do cidadão que pode ser usufruído sem o pagamento de tarifa, cujos custos de operação sejam custeados pelo Fundo Municipal de Transportes. Paralelamente, a presidente Dilma anunciou em dicurso no dia 24 de junho, quando propôs cinco pactos para atender às reivindicações dos manifestantes, um 'salto de qualidade no transporte público'. A presidente disse que vai destinar R$ 50 bilhões para novos investimentos em obras de mobilidade urbana

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