Novo caveirão tem blindagem que resiste a tiros de fuzil

No edital de licitação, o governo
justifica a aquisição dizendo que os equipamentos, armamentos e,
sobretudo os blindados, das polícias Civil e Militar são “obsoletos e
defasados”, o que tem comprometido, inclusive, as ações voltadas para
pacificação de territórios dominados pelo tráfico.
“(…) o agente profissional de polícia,
seja civil ou militar, que em decorrência da lei tem o dever de agir,
por vezes não o faz, ao contrário, faz sem segurança, o que gera número
de lesionados e feridos mortalmente, por falta das condições mínimas de
trabalho que lhes garantam segurança e salubridade”, diz outro trecho da
justificativa da licitação.
Os novos caveirões terão tecnologia dos
EUA, Israel e da África do Sul. Serão quatro para o Bope, dois para o
Batalhão de Choque e dois para Coordenadoria de Recursos Especiais
(Core). O valor estimado do investimento é de R$ 11 milhões. A
concorrência pública para a compra será internacional. O edital deve ser
publicado no final deste mês. Quem ganhar a licitação também será
responsável pela manutenção dos veículos durante cinco anos.
Os superblindados impedem perfuração na
carroceria até de metralhadora .50, são capazes de operar sem perder
desempenho em temperaturas de 0°C a 45°C, o sistema de ar-condicionado
funciona com o motor desligado.
Menos poluição
O diesel utilizado será o S10, que é
menos poluente. Além disso, os caveirões são mais leves e velozes,
facilitando o seu deslocamento.
Atualmente, a Polícia Militar tem 16
blindados, sendo que dois estão em manutenção. A Polícia Civil tem
quatro, e um deles não está funcionando hoje. Segundo a própria
assessoria de imprensa do órgão, são carros-fortes adaptados para o uso
policial.
Preparados para ataques terroristas
Uma das finalidades dos novos caveirões
será atuar em possíveis ações contra atentados terroristas durante a
Copa das Confederações, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Por isso, a preocupação do Estado é colocar os veículos dentro de um
padrão internacional de segurança.
Uma das exigências no edital, por
exemplo, é que as rodas suportem não apenas disparos de armas, mas
também granadas e fogo. E também que tenham capacidade de rodar por 20
km em caso de pequenos furos nos pneus. O caveirão também deverá ter
sistema automático no compartimento do motor, para detectar em segundos
um incêndio, mesmo de pequena proporção.
Fonte: O Dia