Segundo assessores, Dilma tem uma posição
de “solidariedade” com colegas de partido condenados pelo Supremo,
sobretudo com o petista José Genoino, e defende que eles tenham amplo
direito de defesa.
Por razões institucionais, porém, ela
decidiu não interferir nem se pronunciar enquanto o julgamento do
mensalão ainda estiver em curso.
Para o Planalto, uma eventual decisão do
Supremo de acatar os embargos infringentes – que pode fazer com que o
julgamento invada 2014 – não trará um prejuízo expressivo à campanha da
reeleição.
Segundo assessores, boa parte dos
eleitores não faz associação entre a presidente e o processo do
mensalão. Eles lembram que a oposição tentou fazer essa vinculação na
campanha de 2010, mas a tática não surtiu efeito.
Mais uma chance
Dentro do governo, o ministro da
Educação, Aloizio Mercadante, já defendeu um segundo julgamento. Nesta
quinta-feira (12), foi a vez de seu colega das Comunicações, Paulo
Bernardo.
“Do ponto de vista político, essa
hipoteca [mensalão] já foi quitada várias vezes, e o governo sempre se
manifestou com respeito às instituições. Vamos acatar o resultado. Não
sou jurista, mas a regra democrática diz que todos têm direito a um
segundo julgamento”, declarou o ministro à Folha.
Segundo assessores de Dilma, o ideal
seria que o julgamento do mensalão acabasse antes das eleições, mas isso
não significa que ela torça para que o Supremo não aceite os embargos
infringentes.
Do ponto de vista jurídico, o governo
entende que o mensalão está sendo analisado por uma única instância, o
STF, enquanto as cortes internacionais recomendam que qualquer
julgamento seja submetido a pelo menos duas instâncias.
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