O Ceará exibe índices, que retratam sua condição de subdesenvolvimento, característica que assola, ainda, todo o Brasil. Das 1.260 mortes infantis registradas em 2012, 892 (70,1%) aconteceram por causas evitáveis, ou seja, falta de atenção à mulher durante a gestação e o parto, e atenção inadequada ao recém-nascido. Apesar da deficiência que envolve, essencialmente, condições socioeconômicas, o Estado registrou índices positivos sobre as investigações dos óbitos, determinantes para prevenção das mortes.
De acordo com Boletim Epidemiológico da Mortalidade Infantil, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), a assistência ao recém-nascido está relacionada a 67% de todas as causas evitáveis. Das 16 Coordenadorias Regionais de Saúde (CRES) do Estado, 13 apresentam percentual de óbitos evitáveis superior à média estadual de 70,8% e apenas três obtiveram resultado menor (Quixadá, Aracati e Caucaia). O índice cearense está abaixo do nordestino, que é de 17,0%, entretanto, é maior do que o nacional, de 68,4%.
Ainda de acordo com o documento divulgado pela Sesa, até a década de 1980, a prevalência era de mortalidade pós-neonatal, que estima riscos de óbitos entre 28 dias e 11 meses de idade. Em 2011, entretanto, a prevalência foi de óbitos neonatais, de crianças entre 7 e 27 dias de vida, período que registra mortes por ausência ou poucas consultas de pré-natal, desnutrição, infecção, hipertensão e hemorragia da mãe e outras causas, que ocasionam partos prematuros, e crianças com baixo peso ao nascer.
DOENÇAS
A falta de acompanhamento durante a gravidez poderá causar, ainda, complicações no pós--parto imediato, como crianças que sofrem de anóxia (dificuldade respiratória) ou sepse (infecção generalizada), além da alta probabilidade de desenvolver anomalias congênitas graves. No período pós-neonatal, a criança estará exposta a agressões do ambiente, propiciando as doenças respiratórias, como a pneumonia, e as gastrointestinais, como a diarreia.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os coeficientes de óbitos, no Brasil, apresentam significativas diferenças regionais. Entre 2000 e 2010, 572.639 crianças menores de um ano morreram no País: no Nordeste, foram quase 206 mil, enquanto que, no Norte, foram 68.589. Juntas, as regiões, registraram 47,9% dos óbitos nacionais.
REDUÇÃO DE ÍNDICES
O Ceará obteve redução de 61% no número de óbitos infantis entre os anos de 1997 e 2011, passando de 31,6 mortes para cada 100 mil nascidos vivos, para 12,3 óbitos, uma queda de 61%. Entre os dados positivos, está, ainda, o aumento na investigação dos óbitos em até 30 dias que, no Estado, foi de 60,8%. Apenas as CRES de Sobral e Canindé apresentaram percentuais abaixo da média estadual.
Conforme o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Manoel Fonseca, este resultado aponta o bom funcionamento dos comitês de mortalidade infantil dos municípios. “Ao conhecermos de que morrem nossas crianças, podemos evitar melhor e, em tempo hábil, estratégias para evitar óbitos”, afirmou. Do 1.260 óbitos infantis registrados, 676 (53%) foram notificados em até 30 dias, conforme determinação do Ministério da Saúde. Foram investigados 766 óbitos (60,8%) e, destes, 653 (85,2%) foram investigados oportunamente, em até 120 dias, como recomenda portaria ministerial.
ÍNDICES E NÚMEROS
- Foram registradas 1.260 mortes infantis em 2012
- Em 892 casos, as causas são consideradas evitáveis, decorrentes da falta de atenção à mulher durante a gravidez e o parto, e da atenção inadequada ao recém-nascido
- Das 16 Coordenadorias Regionais de Saúde (Cres) do Estado, 13 apresentam percentual de óbitos evitáveis superior à média estadual de 70,8%
- Entre 1997 e 2011, a redução de óbito no Ceará foi de 61%
- Houve aumento de 60,8% nas investigações dos óbitos em até 30 dias
De acordo com Boletim Epidemiológico da Mortalidade Infantil, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), a assistência ao recém-nascido está relacionada a 67% de todas as causas evitáveis. Das 16 Coordenadorias Regionais de Saúde (CRES) do Estado, 13 apresentam percentual de óbitos evitáveis superior à média estadual de 70,8% e apenas três obtiveram resultado menor (Quixadá, Aracati e Caucaia). O índice cearense está abaixo do nordestino, que é de 17,0%, entretanto, é maior do que o nacional, de 68,4%.
Ainda de acordo com o documento divulgado pela Sesa, até a década de 1980, a prevalência era de mortalidade pós-neonatal, que estima riscos de óbitos entre 28 dias e 11 meses de idade. Em 2011, entretanto, a prevalência foi de óbitos neonatais, de crianças entre 7 e 27 dias de vida, período que registra mortes por ausência ou poucas consultas de pré-natal, desnutrição, infecção, hipertensão e hemorragia da mãe e outras causas, que ocasionam partos prematuros, e crianças com baixo peso ao nascer.
DOENÇAS
A falta de acompanhamento durante a gravidez poderá causar, ainda, complicações no pós--parto imediato, como crianças que sofrem de anóxia (dificuldade respiratória) ou sepse (infecção generalizada), além da alta probabilidade de desenvolver anomalias congênitas graves. No período pós-neonatal, a criança estará exposta a agressões do ambiente, propiciando as doenças respiratórias, como a pneumonia, e as gastrointestinais, como a diarreia.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os coeficientes de óbitos, no Brasil, apresentam significativas diferenças regionais. Entre 2000 e 2010, 572.639 crianças menores de um ano morreram no País: no Nordeste, foram quase 206 mil, enquanto que, no Norte, foram 68.589. Juntas, as regiões, registraram 47,9% dos óbitos nacionais.
REDUÇÃO DE ÍNDICES
O Ceará obteve redução de 61% no número de óbitos infantis entre os anos de 1997 e 2011, passando de 31,6 mortes para cada 100 mil nascidos vivos, para 12,3 óbitos, uma queda de 61%. Entre os dados positivos, está, ainda, o aumento na investigação dos óbitos em até 30 dias que, no Estado, foi de 60,8%. Apenas as CRES de Sobral e Canindé apresentaram percentuais abaixo da média estadual.
Conforme o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Manoel Fonseca, este resultado aponta o bom funcionamento dos comitês de mortalidade infantil dos municípios. “Ao conhecermos de que morrem nossas crianças, podemos evitar melhor e, em tempo hábil, estratégias para evitar óbitos”, afirmou. Do 1.260 óbitos infantis registrados, 676 (53%) foram notificados em até 30 dias, conforme determinação do Ministério da Saúde. Foram investigados 766 óbitos (60,8%) e, destes, 653 (85,2%) foram investigados oportunamente, em até 120 dias, como recomenda portaria ministerial.
ÍNDICES E NÚMEROS
- Foram registradas 1.260 mortes infantis em 2012
- Em 892 casos, as causas são consideradas evitáveis, decorrentes da falta de atenção à mulher durante a gravidez e o parto, e da atenção inadequada ao recém-nascido
- Das 16 Coordenadorias Regionais de Saúde (Cres) do Estado, 13 apresentam percentual de óbitos evitáveis superior à média estadual de 70,8%
- Entre 1997 e 2011, a redução de óbito no Ceará foi de 61%
- Houve aumento de 60,8% nas investigações dos óbitos em até 30 dias
SARA OLIVEIRA
saraoliveira@oestadoce.com.br
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